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Fabrício passeia com Eva Green. Piva ciceroneia Fernando Pessoa.
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"(...) no fim do dia ver com Eva Green o sol se pôr na praça do Pôr do Sol/ se Eva Green for maconheira é melhor ter um baseado no bolso/ falar de Rimbaud com Eva Green/ mas Eva Green tem cara de quem prefere Baudelaire/ traduzir Bandeira para Eva Green/ Tom Jobim para Eva Green/ Bocage para Eva Green/ em hipótese alguma ler os poemas que escrevi sobre Eva Green/ tomar um drinque no Terraço Itália com Eva Green/ visitar Betito e Gô com Eva Green/ não ir com Eva Green ao La Tartine/ a não ser que Eva Green esteja muito nostálgica/ ir ao cinema com Eva Green?/ à praça Roosevelt com Eva Green?/ sei que Eva Green não gosta de boate/ apresentar a Eva Green uma boa padaria/ amanhecer na Paulista com Eva Green/ roubar um carro conversível/ e descer para Santos com Eva Green"
(Fabrício Corsaletti, "Plano", 2010)
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"(...) Agora, vem comigo ao Bar, e beberemos de tudo nunca passando pelo caixa,/ Vamos ao Brás beber vinho e comer pizza no Lucas, para depois vomitarmos/ tudo de cima da ponte,/ Fernando, vamos ler Kierkegaard e Nietzsche no Jardim Trianon pela manhã/ enquanto as crianças brincam na gangorra ao lado/ Vem comigo, eu te mostrarei tudo: o Largo do Arouche à tarde, o Jardim da Luz/ pela manhã, veremos os bondes gingando nos trilhos da Avenida,/ assaltaremos o Fasano, iremos ver "as luzes do Cambuci pelas noites de crime",/ onde está a menina-moça violada por nós num dia de Chuva e Tédio,/ Não te levarei ao Paissandu para não acordarmos o sexo do Mário de Andrade/ (ai de nós se ele desperta!),/ Mas vamos respirar a Noite do alto da Serra do Mar: quero ver as estrelas refletidas/ em teus olhos."
(Roberto Piva, "Ode a Fernando Pessoa", 1961)
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Fabrício passeia com Eva Green. Piva ciceroneia Fernando Pessoa.
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"(...) no fim do dia ver com Eva Green o sol se pôr na praça do Pôr do Sol/ se Eva Green for maconheira é melhor ter um baseado no bolso/ falar de Rimbaud com Eva Green/ mas Eva Green tem cara de quem prefere Baudelaire/ traduzir Bandeira para Eva Green/ Tom Jobim para Eva Green/ Bocage para Eva Green/ em hipótese alguma ler os poemas que escrevi sobre Eva Green/ tomar um drinque no Terraço Itália com Eva Green/ visitar Betito e Gô com Eva Green/ não ir com Eva Green ao La Tartine/ a não ser que Eva Green esteja muito nostálgica/ ir ao cinema com Eva Green?/ à praça Roosevelt com Eva Green?/ sei que Eva Green não gosta de boate/ apresentar a Eva Green uma boa padaria/ amanhecer na Paulista com Eva Green/ roubar um carro conversível/ e descer para Santos com Eva Green"
(Fabrício Corsaletti, "Plano", 2010)
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"(...) Agora, vem comigo ao Bar, e beberemos de tudo nunca passando pelo caixa,/ Vamos ao Brás beber vinho e comer pizza no Lucas, para depois vomitarmos/ tudo de cima da ponte,/ Fernando, vamos ler Kierkegaard e Nietzsche no Jardim Trianon pela manhã/ enquanto as crianças brincam na gangorra ao lado/ Vem comigo, eu te mostrarei tudo: o Largo do Arouche à tarde, o Jardim da Luz/ pela manhã, veremos os bondes gingando nos trilhos da Avenida,/ assaltaremos o Fasano, iremos ver "as luzes do Cambuci pelas noites de crime",/ onde está a menina-moça violada por nós num dia de Chuva e Tédio,/ Não te levarei ao Paissandu para não acordarmos o sexo do Mário de Andrade/ (ai de nós se ele desperta!),/ Mas vamos respirar a Noite do alto da Serra do Mar: quero ver as estrelas refletidas/ em teus olhos."
(Roberto Piva, "Ode a Fernando Pessoa", 1961)
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