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"Tudo isso remonta a Poe, como sempre. [...] Em "Os assassinatos da rua Morgue", que para mim ainda é um dos grandes triunfos da literatura ocidental, Poe diz duas coisas que podem parecer diametralmente opostas. Primeiro, ele diz que você pode saber tudo. Pode olhar o prego que está sem cabeça, pode olhar o corpo destroçado enfiado na chaminé, pode olhar a bolsa cheia de ouro. E então faz aquelas deduções fundamentais e determina o que realmente aconteceu. E é aí que eu acho que entram a genialidade e a loucura de Poe. Porque você descobre que a cena desses crimes, no conto, foi criada por uma força selvagem, misteriosa, arcana, recôndita, que no fundo nunca poderá ser explicada. Você pode saber tudo, e pode não saber nada."
Errol Morris, em entrevista no número dois da revista Zum
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"Tudo isso remonta a Poe, como sempre. [...] Em "Os assassinatos da rua Morgue", que para mim ainda é um dos grandes triunfos da literatura ocidental, Poe diz duas coisas que podem parecer diametralmente opostas. Primeiro, ele diz que você pode saber tudo. Pode olhar o prego que está sem cabeça, pode olhar o corpo destroçado enfiado na chaminé, pode olhar a bolsa cheia de ouro. E então faz aquelas deduções fundamentais e determina o que realmente aconteceu. E é aí que eu acho que entram a genialidade e a loucura de Poe. Porque você descobre que a cena desses crimes, no conto, foi criada por uma força selvagem, misteriosa, arcana, recôndita, que no fundo nunca poderá ser explicada. Você pode saber tudo, e pode não saber nada."
Errol Morris, em entrevista no número dois da revista Zum
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